Os desafios do novo governo


Passadas as eleições é hora de nos organizar e preparar para os novos tempos. As mudanças em Minas Gerais não foram poucas, o Estado terá o primeiro governo do Partido Novo do Brasil. Isto gera expectativas para a sociedade e empresários, pois não tem como comparar com outros governos. Será a primeira vez que o governarão.

A ideia é que isso se concretize como um privilégio para Minas Gerais, pois os princípios de terem uma gestão técnica e, na área econômica, apoiar o liberalismo são positivos. A dificuldade será aprovar o necessário na Assembleia Legislativa sem a forma tradicional de negociar.

A proposta de formar o primeiro escalão com técnicos e fazer uma gestão econômica voltada para o liberalismo coincide com as propostas do Presidente eleito, Jair Bolsonaro.

Os desafios dos novos são grandes, mas as expectativas são positivas, pois prometem reduzir o tamanho do Estado, diminuindo a interferência na atividade econômica, e é isto que os empresários precisam, liberdade para trabalhar com segurança jurídica.

Os recursos do Estado são limitados e a carga tributária já é bastante pesada, não sendo recomendável aumentar tributos. A saída será reduzir os gastos, privilegiando o social e deixando os investimentos a cargo da iniciativa privada.

A maneira mais rápida de propiciar a retomada do crescimento será a formação de Parceria Público Privada (PPP) para investir na infraestrutura, com licitações claras que gerem segurança jurídica para atrair investimentos.

É necessário ainda uma atenção especial ao meio ambiente. É preciso aprovar os projetos de forma rápida, impondo a reposição do que foi degradado. Para construir uma estrada é necessário derrubar algumas árvores. Diante dessa situação, o ideal é que seja imposto à construtora a obrigação de plantar outras tantas quanto for necessário para compensar as que tiverem que ser derrubadas.

Outra conta a ser feita é que uma boa estrada fará com que os veículos consumam menos combustível e por consequência poluam menos. Este ganho ficará para a sociedade.

Os governos começam em janeiro, mas a expectativa é de que o ambiente já comece a melhorar a partir da divulgação dos membros que comporão os ministérios e as secretárias. Assim, poderemos aferir se houve a prometida redução e se realmente os cargos foram ocupados por técnicos.

 

Vander Costa - Diretor da Confederação Nacional do Transporte e vice-presidente da Fetcemg