Fetcemg e Setcemg marcam presença no Conet&Intersindical


Começou nesta quinta-feira (7), em João Pessoa (PB), a primeira edição do CONET&Intersindical de 2019, evento da NTC&Logística que tem o objetivo de debater assuntos de interesse do setor de transporte rodoviário de cargas, principalmente no que tange à questão tarifária, assim como unir forças para buscar melhorias para as empresas.

Os presidentes do Setcemg, Gladstone Lobato, e da Fetcemg, Sérgio Pedrosa, e seu vice, Vander Costa, futuro presidente da CNT, marcaram presença no evento. “No primeiro dia do Conet foi discutida a pesquisa feita pela NTC que mostrou o índice de defasagem de 9,6% em média no setor. A discussão contou com a presença da Esalq, que foi escolhida para fazer a revisão da tabela de frete juntamente com Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)", destacou Gladstone Lobato. "Um espaço foi aberto para o todo o plenário para fazer sugestões e explicações para a reformulação da tabela de frete. Outra colocação foi a quantidade de empresas que não paga os tributos, em torno de 41%”, completou.

Vander Costa participou do evento e representou o atual presidente, Clésio Andrade, na cerimônia de abertura. De acordo com ele, reunir e debater as questões do setor é o primeiro passo para resolver os problemas. “Daqui sairão propostas para isso”, afirma. “Uma das metas da CNT é mostras ao novo governo que o caminho para desenvolver o país é investir em infraestrutura”. 

Defasagem do frete é de 9,6%

A NTC&Logística publicou seu comunicado sobre a última pesquisa do Decope sobre a defasagem do frete. Confira:

 

Estudos do DECOPE indicam que o TRC começa a sair da crise, mas a esperada recuperação do valor do frete rodoviário de carga ainda não veio

Seguindo a sistemática de apuração semestral de índices de variação de fretes do segmento transportador rodoviário de cargas, a pesquisa realizada pelo DECOPE/NTC no mês de janeiro último aponta para uma defasagem média de 13,0%, sendo de 9,6% nas operações com transporte de cargas fracionadas e de 15,5% nas com cargas lotações.

Outro dado que continua preocupando, é a falta do recebimento dos demais componentes tarifários, tais como frete-valor e GRIS. E, ainda, verifica-se que muitos usuários não remuneram adequadamente o transportador com relação a outros custos e serviços adicionais não contemplados nas tarifas normais. Enquadram-se nesta categoria, por exemplo: a cobrança da EMEX para o estado do Rio de Janeiro, a TRT para as regiões que possuem restrição a circulação de caminhões, os serviços de paletização e guarda/permanência de mercadorias, o uso de escoltas e planos de gerenciamento de riscos customizados, o uso de veículos dedicados, dentre outros.

É importante realçar que muitas vezes os custos com esses serviços são superiores ao próprio frete, daí porque trata-se de situação injusta, que precisa ser resolvida pelo mercado.

Finalizando, é oportuno lembrar que estamos novamente próximos de um período de crescimento da economia, onde as demandas crescem e os gargalos logísticos se estreitam, razão pela qual, o alerta continua visando a preservação da saúde financeira da empresa e a recomposição da defasagem, configura-se a necessidade de que contratantes e transportadores encontrem o equilíbrio em suas relações comerciais como forma de manter a regularidade em suas operações.

João Pessoa/PB, 07 de fevereiro de 2019.
Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística

Com informações da NTC&Logística

Foto: NTC