Empresários de MG cobram melhora em infraestrutura


Estradas ruins trazem prejuízos econômicos e insegurança

Os prejuízos que a deficiência de infraestrutura causa ao Brasil foram discutidos na mesa redonda "O mercado de transportes e as perspectivas da economia para esse segmento em 2013", promovido pelo grupo Deva, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, na última sexta-feira. O presidente do grupo Deva, Alberto Medioli, disse que continua otimista com o crescimento da economia brasileira, mas também vê muitos problemas no setor de transporte e logística.

"É um absurdo que todos os veículos procedentes do Norte, Sul, Leste e Oeste do país devam transitar pelo Anel Rodoviário de Belo Horizonte que não suporta nem o tráfego da própria cidade", disse. O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada no Estado de Minas Gerais (Sicepot/MG), Alberto Salum, disse que o sindicato espera ansiosamente uma solução para o problema. "As rodovias federais que cortam Minas Gerais estão, há muito tempo, abandonadas. Temos projetos que não estão em execução. Estamos ouvindo anúncios há muitos anos, mas anúncio não resolve o problema", disse. Ele garantiu que as empresas do setor estão prontas para a execução das obras. O presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Júnior, disse que a situação das estradas gera insegurança e prejuízos. "Como a rodovia não é boa, quebra o equipamento que está sendo transportado, quebra o caminhão, quebra o pneu, onera tudo", criticou. O presidente da Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Fetcemg), Vander Francisco Costa, lembrou que o mau estado das rodovias aumenta o tempo de viagem e os riscos. Segundo ele, os 350 km do trecho da BR-381 entre Belo Horizonte e o Vale do Aço, deveriam ser percorridos em sete horas com 50 km/h, mas o motorista leva12 horas numa velocidade média de 20 km/h.

Foto: Mauricio Vieira/ Divulgação Fonte: Jornal O Tempo