Educação no Anel Rodoviário


O mais recente acidente no Anel Rodoviário, no último dia 5, envolvendo 20 veículos, colocou mais uma vez em discussão a segurança no local. Para muitos, o Anel é um dos maiores problemas de trânsito em Belo Horizonte. Mas o que esperar de uma rodovia construída na década de 60 e com poucos investimentos em estrutura para a melhoria do transporte? Quando construído, o Anel recebia em seus 26,5 km de extensão 1.500 veículos por dia e hoje chega a 160 mil.

A solução passa pela reconstrução e adequação que, até o momento, não teve atenção dos órgãos públicos responsáveis. Entre as várias medidas que precisam ser tomadas para desafogar o local e promover a segurança, uma mais emergencial pode trazer benefícios: a instalação de redutores eletrônicos de velocidade ao longo da descida, principalmente entre o posto da Mutuca até a região do bairro Betânia.

A Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Fetcemg) tem trabalhado firmemente para garantir a segurança no Anel e reduzir o número de acidentes com duas frentes de atuação. A primeira, juntamente com seus sindicatos filiados e o Sistema Sest Senat, é o investimento em treinamentos e equipamentos de última geração, como simuladores de direção, para melhorar a performance dos motoristas profissionais.
A outra forma, em parceria com o Batalhão de Polícia Militar Rodoviária e o Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (Dnit), promoveu a instalação de 45 novas placas educativas na via.

Segundo a Polícia Militar, o balanço de acidentes no local, até o momento, mostrou crescimento de15% do primeiro bimestre de 2016 (176 ocorrências) em relação a igual período deste ano (202 registros). O número de feridos saltou de 123 vítimas para 138. O de mortos, por sua vez, caiu de dez para sete. Enquanto o Anel não recebe as obras necessárias, a alternativa é exercer a direção defensiva, ter muito cuidado e atenção. E nós, transportadores, precisamos continuar nosso trabalho de conscientização dos motoristas.

 

Sérgio Pedrosa, presidente da Fetcemg