Defasagem média do frete é de 17,22%


Estudo mais recente do Decope, da NTC&Logística, foi apresentado nesta quinta-feira (2), na abertura do Conet&Intersindical, realizado em Vitória (ES). Confira o comunicado da NTC.

Seguindo a sistemática de apuração semestral de índices de variação de fretes do segmento transportador rodoviário de cargas, a pesquisa realizada pelo Decope/NTC no mês de julho aponta para uma defasagem média de 17,22%, sendo de 9,61% nas operações com cargas fracionadas e de 19,33% nas com cargas lotações.

Outro dado que chama a atenção na pesquisa é a falta do recebimento dos demais componentes tarifários, tais como frete-valor e GRIS. E, ainda, verifica-se que muitos usuários não remuneram adequadamente o transportador com relação a outros custos e serviços adicionais não contemplados nas tarifas normais. Enquadram-se nesta categoria: a cobrança da EMEX, para o estado do Rio de Janeiro, os serviços de paletização e guarda/permanência de mercadorias, o uso de escoltas e planos de gerenciamento de riscos customizados, o uso de veículos dedicados, dentre outros.

É importante destacar que muitas vezes os custos com esses serviços são superiores ao próprio frete, daí porque trata-se de situação injusta e inaceitável, que precisa ser equacionada pelo mercado.

Finalizando, é oportuno lembrar que estamos novamente próximos de um período de final de ano, quando as demandas crescem e os gargalos logísticos se estreitam, razão pela qual, visando a preservação da saúde financeira da empresa e a recomposição da defasagem, configura-se a necessidade de que contratantes e transportadores encontrem, o mais rápido possível, o equilíbrio em suas relações comerciais como forma de manutenção da regularidade em suas operações.

 

Vitória/ES, 3 de agosto de 2018.
Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística