Clésio Andrade apresenta resultados da 133ª Pesquisa CNT/MDA


 

Presidente da Confederação Nacional do Transporte concedeu entrevista coletiva para detalhar números do levantamento

 

A 133ª Pesquisa CNT/MDA, realizada de 8 a 11 de fevereiro de 2017 e divulgada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), mostra a avaliação dos índices de popularidade do governo e pessoal do presidente Michel Temer. Mede ainda a expectativa da população em relação ao emprego, à renda, à saúde, à educação e à segurança pública.


Esta edição aborda também alguns cenários para a eleição presidencial de 2018 e traz a opinião dos entrevistados sobre questões relativas à corrupção, internet e redes sociais. Foram ouvidas 2.002 pessoas, em 138 municípios de 25 Unidades Federativas, das cinco regiões. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança.

 

Avaliação do governo

Desempenho pessoal do presidente

 

Federal: A avaliação do governo do presidente Michel Temer é positiva para 10,3% dos entrevistados, contra 44,1% de avaliação negativa. Para 38,9%, a avaliação é regular e 6,7% não souberam opinar. A aprovação do desempenho pessoal do presidente atinge 24,4% contra 62,4% de desaprovação, além de 13,2% que não souberam opinar.

Estadual:3,4% avaliam o governador de seu Estado como ótimo. 24,4% como bom, 35,1% como regular, 13,2% como ruim e 19,3% como péssimo.

Municipal:8,5% avaliam o prefeito de sua cidade como ótimo. 33,9% como bom, 22,6% como regular, 6,9% como ruim e 9,4% como péssimo.

 

Expectativa (para os próximos 6 meses)

Emprego: vai melhorar: 31,3%, vai piorar: 30,6%, vai ficar igual: 35,9%

Renda mensal: vai aumentar: 23,6%, vai diminuir: 19,1%, vai ficar igual: 53,7%

Saúde: vai melhorar: 25,7%, vai piorar: 34,8%, vai ficar igual: 38,0%

Educação: vai melhorar:28,9%, vai piorar: 28,0%, vai ficar igual: 40,8%

Segurança pública: vai melhorar: 20,4%, vai piorar: 46,6%, vai ficar igual:  31,6%

 

CONJUNTURAIS 

  • Eleição presidencial 2018

    1º turno: Intenção de voto espontânea

    Lula: 16,6%
    Jair Bolsonaro: 6,5%
    Aécio Neves: 2,2%
    Marina Silva: 1,8%
    Michel Temer: 1,1%
    Dilma Rousseff: 0,9%
    Geraldo Alckmin: 0,7%
    Ciro Gomes: 0,4%
    Outros: 2,0%
    Branco/Nulo: 10,7%
    Indecisos: 57,1%

    1º turno: Intenção de voto estimulada

    CENÁRIO 1:
    Lula 30,5%, Marina Silva 11,8%, Jair Bolsonaro 11,3%,  Aécio Neves 10,1%, Ciro Gomes 5,0%, Michel Temer 3,7%, Branco/Nulo 16,3%, Indecisos 11,3%

    CENÁRIO 2: Lula 31,8%, Marina Silva 12,1%, Jair Bolsonaro 11,7%,  Geraldo Alckmin 9,1%, Ciro Gomes 5,3%, Josué Alencar 1,0%, Branco/Nulo 17,1%, Indecisos 11,9%

    CENÁRIO 3: Lula 32,8%, Marina Silva 13,9%, Aécio Neves 12,1%, Jair Bolsonaro 12,0%, Branco/Nulo 18,6%, Indecisos 10,6%


    2º turno: Intenção de voto estimulada


    CENÁRIO 1: Lula 39,7%, Aécio Neves 27,5%, Branco/Nulo: 25,5%,
    Indecisos: 7,3%

    CENÁRIO 2: Aécio Neves 34,1%, Michel Temer 13,1%, Branco/Nulo: 39,9%, 
  • Indecisos: 12,9%

    CENÁRIO 3: Aécio Neves 28,6%, Marina Silva, 28,3%, Branco/Nulo: 31,9%,
    Indecisos: 11,2%

    CENÁRIO 4: Lula 42,9%, Michel Temer 19,0%, Branco/Nulo: 29,3%,                         
    Indecisos: 8,8%

    CENÁRIO 5: Marina Silva 34,4%, Michel Temer 16,8%, Branco/Nulo: 35,2%,
    Indecisos: 13,6%

    CENÁRIO 6: Lula 38,9%, Marina Silva 27,4%, Branco/Nulo: 25,9%,
    Indecisos: 7,8%

      
  • Corrupção
  • Ao comparar a ocorrência de corrupção no governo de Michel Temer com o de Dilma Rousseff, 48,8% consideram que o nível de corrupção é igual nos dois governos. Para 31,5%, havia mais corrupção no governo de Dilma, e 16,1% acham que há mais corrupção no governo de Michel Temer. 
  • 40,1% dos entrevistados avaliam que o combate à corrupção é igual nos governos Michel Temer e Dilma Rousseff. 27,3% consideram que o combate é maior no governo Temer, e 24,2% apontam que esse combate era maior no governo Dilma. Nos últimos cinco anos, o combate à corrupção no Brasil aumentou, na avaliação de 71,8% dos entrevistados. Para 22,4%, permaneceu igual. 
  • Para 46,8%, a corrupção no Brasil está maior agora do que no passado. 39,9% acham que está igual ao que sempre foi, e 11,1% consideram que está menor. 
  • Sobre o registro de corrupção nos três níveis de Poder, a maior parte dos entrevistados (33,3%) considera que é igual. Para 23,7%, a maior ocorrência se dá Legislativo, seguido do Executivo (19,4%) e do Judiciário (10,2%)
  • Em relação aos níveis de governo, 47,4% consideram que há mais corrupção no Federal. Para 30,9%, é igual nos três níves. Já 7,9% acham que é maior no estadual e 6,9%, no municipal. 
  • Para 54,7%, a maioria dos brasileiros pratica corrupção. 37,9% consideram que somente algumas pessoas praticam e 6,1% acham que o brasileiro não pratica corrupção. 
  • A corrupção no Brasil está relacionada, principalmente, aos políticos, na avaliação de 58,6% dos entrevistados. Já 25,1% citam a população e 4,2%, os empresários. 
  • Sobre as formas de se acabar ou diminuir com a corrupção, os entrevistados consideram: denunciar práticas de corrupção (41,2%), votar em políticos que não sejam corruptos (36,9%), deixar de praticar pequenos atos de corrupção (25,8%), apoiar manifestações contra corrupção (20,4%). 
  • Para 91,0%, não existe partido político brasileiro livre de corrupção. Outros 5,7% consideram que existe partido político sem corrupção. Nesse grupo, eles citam: PSOL (7,8%), PMDB (7,8%), PT (7,0%), PV (6,1%), PSDB (4,3%), REDE (2,6%), Novo (2,6%), PC do B (1,7%). 
  • Sobre as investigações que estão ocorrendo no âmbito da operação Lava Jato, 89,3% têm acompanhado ou já ouviram falar. Entre eles, 39,6% acham que vai diminuir pouco a corrupção e 28,5% avaliam que a Lava Jato vai diminuir muito a corrupção. Para 23,6%, vai ficar igual e 4,9% consideram que a Lava Jato vai acabar com a corrupção.
  • Internet, redes sociais
     
  • 73,9% dos entrevistados utilizam computador, notebook, tablet ou smartphone. Entre eles, a maioria (92,0%) usa celulares/smartphones. 
  • 70,8% disseram usar a Internet. Entre eles, 78,8% acessam diariamente e 17,2% somente alguns dias da semana. Em relação à finalidade do uso, 64,9% acessam as redes sociais e 51,2% buscam notícias.
     
  • Entre os tipos de equipamentos utilizados para o acesso à internet, os entrevistados citaram: celulares (85,6%), computadores/desktop (28,9%), notebooks (21,3%) e tablets (5,9%). 76,6% costumam acessar a internet em casa e 27,4% no trabalho.
     
  • Entre as redes que mais utilizam para acessar a Internet, foram citadas: rede fixa (assinatura via internet fixa / WiFi) 69,7% /  rede móvel (via pacote de dados) 52,5% / redes públicas (restaurantes, lojas, etc.) 6,4% 
     
  • 49,5% não prestam atenção nas propagandas veiculadas na Internet. Já 29,2% prestam atenção, embora considerem que não sejam melhores que as da TV, rádio, revistas e jornais. E 19,7% disseram prestar atenção e consideram as propagandas melhores. 
  • Sobre as redes sociais que utilizam, os entrevistados citaram: Whatsapp (87,1%), Facebook (78,3%), YouTube (33,7%), Twitter (11,6%), Instagram (2,6%). 
  • 80,2% acreditam apenas algumas vezes nas informações que leem ou veem na Internet, e 78,5% acreditam algumas vezes no que leem e veem nas redes sociais.
     
  • O Google é citado por 56,5% dos entrevistados como o meio em que mais confiam nas informações. Em seguida, aparecem Whatsapp (17,2%) e Facebook (12,4%). Quando querem conferir alguma informação, 50,5% utilizam a Internet e 41,3% conversam com as pessoas.
     
  • Em relação a crianças usarem Internet e redes sociais, 50,1% são contra e 25,3% são a favor, enquanto que 21,1% se consideram indiferentes. A maioria (58,0%) acha que a Internet tem má influência na formação de crianças e 17,6% avaliam que não interfere.  Entre os entrevistados com filhos ou dependentes, 37,8% sempre monitoram as ações deles. 
  • Em relação à opinião sobre o uso da Internet nos estudos/trabalho/formação pessoal/profissional, 65,9% afirmam que ajuda, mas é preciso saber usar. 
  • 50,4% já acessaram algum site de governo. Para 80,2%, os governos deveriam usar mais a Internet para auxiliar a população no acesso a serviços e 80,6% consideram que os governos deveriam usar mais as mídias sociais para interagir com a população.

    CONCLUSÃO

Os resultados da 133ª Pesquisa CNT/MDA mostram percepção negativa sobre o Governo Michel Temer. A intenção de voto para a eleição presidencial em 2018 indica liderança do ex-presidente Lula nos cenários de primeiro e segundo turnos. Nota-se, ainda, aumento nos percentuais para Jair Bolsonaro.

A pesquisa mostra que o cenário eleitoral ainda permanece indefinido, com elevado percentual de eleitores indecisos ou que votariam em branco ou nulo, o que favorece o surgimento de novas lideranças políticas e de propostas.

O nível de conhecimento da população sobre a operação Lava Jato permanece elevado, com crença de que ela será capaz de reduzir a corrupção no país. Percebe-se também que o combate a esse problema vem avançando nos últimos anos. Grande parte da população associa a corrupção aos políticos, embora haja percepção de que a maioria dos brasileiros, em geral, também a pratica.

A maioria da população utiliza fortemente a internet, sendo mais da metade, todos os dias
, especialmente para o acesso a redes sociais e para se informar de notícias. Há, ainda, preocupação em relação ao uso e benefício da internet por crianças. O dispositivo mais utilizado para acesso à internet é o celular/smartphone.

 

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Foto: Imprensa CNT - 15/02/2017

Fonte: Agência CNT de Notícias